31.5.07

Maravilhas!


Aproveitando o embalo da escolha das maravilhas do mundo este Blog oferece uma votação alternativa. Não sem antes pedir benção ao maravilhoso Cristo Redentor.

a-) Mulher Maravilha
b-) Jorge Maravilha
c-) Fio Maravilha
d-) Elke Maravilha
e-) Que Maravilha
f-) Maravilha (ex-goleira da seleção feminina de futebol)
g-) Mara Maravilha
h-) Darcy Maravilha (compositor portelense)
i-) Alice no País das Maravilhas
j-) Dadá Maravilha

Você conhece outras maravilhas? Colabore!

30.5.07

O milagre da vida

A Aline do escritório onde trabalho entregou a carta de licença maternidade na última semana. Ela já está barrigudona - é o oitavo mês de gravidez. A previsão é que o pimpolho apareça lá pelo final de junho. Fiquei imaginando o que é ver sair uma vida de dentro de si. Uma sensação, que por razões óbvias, jamais terei. Não estou com inveja. Mas o que será que passa pela cabeça? Pelos olhos? E o coração, então?

Aí passo por aqui. Blogo um texto ali, outro acolá. E me dano a pensar... E a pergunta que me persegue talvez seja aquela que a Aline se fará daqui uns dias: - Como saiu de dentro de mim? E aí vejo que saem coisas que ficaram anos sendo gestadas e de repente... Puft! E sai... Não serei ingênuo. É fato que tem muita coisa prematura saindo por ai. Mas nada que uma boa incubadora não resolva esta maturação. Ah... às vezes até dói.

Outras vezes parece que algumas coisas só servem para serem gestadas. Parir jamais! E antes que me questionem... Aqui a Lei do Aborto é permitada, sim senhor. Quem é que carregou o tempo todo? Sorriu, sofreu, esqueceu, dormiu, alimentou, desenvolveu, reprimiu, expressou. E tem chute também! E quando tentam ouvir alguma coisa? Ou ainda acordam abruptamente? Uma aflição!

E são nesses pequenos partos que vamos nascendo para nós e para o mundo. E eu, que nunca vou ver um filho sair de mim, me pego com um olhar carregado de zelo, orgulho. Confesso que às vezes não sai como a gente imaginou. Mas é meu. E então continuo cuidando e protegendo o que não tem explicação. Bem maternal, mesmo.

É o milagre da vida!


"... Afagar a terra
Conhecer os desejos da terra
Cio da terra, a propícia estação
E fecundar o chão..."
(Cio da Terra - Chico Buarque e Milton Nascimento)

"... E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão..."
(Sonho Impossível - Chico Buarque)

29.5.07

Teoria dos Conjuntos


* Teoria dos conjuntos é a teoria matemática que trata das propriedades dos conjuntos. Ela tem sua origem nos trabalhos do matemático russo Georg Cantor (1845–1918), e se baseia na idéia de definir conjunto como uma noção primitiva. Também chamada de teoria ingênua ou intuitiva devido à descoberta de várias antinomias (ou paradoxos) relacionadas à definição de conjunto. (Wikipédia)


* Aqui vai um exemplo da Teoria dos Conjuntos.
Comecemos com os conjuntos ‘A’ e ‘B’, ou talvez exista o ‘C’, quiçá o ‘D’ também... O que se sabe é que o conjunto B julgava pertencer a A, mas não um julgar matemático. ‘A’ sabia da intersecção, mas já não acreditava nessa história de pertence e não pertence.

Existe o conjunto universo. Este sim, aonde todos os outros residem. E cada um destes outros podem e vão fazer intersecções com os outros, oras. Mas o tal do conjunto ‘B’, que parece não entender muito de matemática, não quer ‘C’, ‘D’, ‘E,’ ‘F’... ‘Y’ fazendo parte de ‘A’, ao menos não ali, onde todos elementos se misturam.

E ainda sofre o conjunto ‘B’. Tonto. Ele tenta entender porque invadem aquele 'lugarzinho' – ele deixa de perceber que o que vale é aquele seu espaço só seu em comunhão com 'A'. E que é este espaço rico que deve ser cultivado.

Não façam um julgamento cruel de ‘B’. Porque no fundo ele sabe de tudo isso. E ele briga com os elementos pertencentes ao seu conjunto. Grita para que eles se comportem, que não se exaltem e tampouco se entreguem. Que se acalmem, que há de passar. E eles teimam em escapar. E escapam. Por mais que 'B' queira ficar contido. Um pouco injusto e vazio, o conjunto 'B' faz se esquecer que ele pode ser 'A'...

* "... Hoje eu vim, minha nega, sem saber nada da vida
Querendo aprender contigo a forma de se viver
As coisas estão no mundo só que eu preciso aprender..."
(Coisas do mundo, minha nega – Paulinho da Viola)

27.5.07

BEM-VINDO...

* SEGURANÇA COM GUARITA BLINDADA
* CLAUSURA NOS ACESSOS DE ENTRADA
* SEGURANÇA PERIMETRAL
* CIRCUITO FECHADO DE TV DIGITAL
* MONITORAMENTO REMOTO DE ALARME


... LAR DOCE LAR

24.5.07

Blogarítimos

Blogarítimos

Razão vezes emoção dividida por somatória de expectativa e frustração mais idealização menos paixão sobre desenganos mais dores elevado a alegria mais desejo subtraído por destino vezes ambição menos ilusão mais felicidade = vida

* Inspirado em Solução de Vida (Molejo Dialético) - Paulinho da Viola e Ferreira Gullar

* Corrupção em todas esferas da sociedade
* Falta de respeito no trânsito
* Desvalorização salarial
* Injustiças sociais
* Assaltos


Tudo isso gera uma sensação de impotência em você? Não perca tempo! Tome as pílulas da felicidade.

21.5.07

Mosaico Globalizante


O chefe da folia pelo telefone manda me avisar que com alegria não se questione para se brincar. É deixar mágoas pra trás, oh rapaz. Fica triste se és capaz, e verás. Mas isso foi há muito tempo atrás, quando Don-Don ainda jogava no Andaraí. Naquela época nossa vida era mais simples de viver, não tinha tanto miserê, nem tinha tanto ti-ti-ti, no tempo que Don-Don jogava do Andaraí. Era tudo diferente: propaganda era reclame e ambulância era dona assistência; mancada era um baita vexame e pornografia era só saliência; sutiã chamava porta-seio; revista pequena, gibi. No tempo que Don-Don jogava no Andaraí, rock se chamava fox e tiete era moça fanática. O que hoje se diz xerox chamava-se então de cópia fotostática; motorista era sempre chaufeur; cachaça era Parati...no tempo que Don-Don jogava no Andaraí.

O tempo passou e hoje em dia o Sol não causa mais espanto. Miséria é miséria em qualquer canto. Riquezas são diferentes. Cores, raças, castas, crenças...riquezas são diferenças. Índio, mulato, preto, branco, filhos, amigos, amantes, parentes, fracos, doentes e aflitos. Em qualquer canto: miséria. Riquezas são misérias. Bom dia passageiro é o que lhes deseja, a miséria S/A que acabou de falar.

A miséria s/a fala para todos. Diz que a cidade não pára, a cidade só cresce. Enquanto o de cima sobe e o debaixo desce. Fala também que as grades do condomínio são pra trazer proteção, mas também trazem a dúvida se é você quem está nessa prisão. O resto que ela fala eu já sei. É que eu acordo p’rá trabalhar, eu durmo p’rá trabalhar, eu corro p’rá trabalhar.Eu não tenho o tempo de ter, o tempo livre de ser, de nada ter que fazer.Eu não vejo além da fumaça que passa e polui o ar.

A miséria S/A só não fala o que querermos saber. E o que queremos saber? Nós queremos saber o que vão fazer com as novas invenções. Queremos notícia mais séria sobre a descoberta da antimatéria e suas implicações na emancipação do homem das grandes populações. Homens pobres das cidades das estepes e dos sertões. Queremos saber quando vamos ter raio laser mais barato. Queremos viver confiantes no futuro por isso se faz necessário prever qual itinerário da ilusão. A ilusão do poder, pois se foi permitido ao homem tantas coisas conhecer é melhor que saibam o que pode acontecer.

O que pode acontecer com os milhares de megabytes abatendo a solidão. Com a graça de Bill Gates, salve a globalização! Se o homem já foi a lua, vai pegar o sol com a mão. Basta comprar um PC e aprender o 'abc' da informatização. Não quero saber de mais nada. Só quero entrar na rede pra contactar, os lares do Nepal, os bares do Gabão....que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular...que lá na praça XI tem um videopôquer para se jogar...


Lista das músicas:

Pelo Telefone
Tempo de Don Don
Miséria
Miséria S/A
A Cidade
Minha Alma (A paz que eu não quero)
Capitão de Indústria
Queremos Saber
Kid Vinil
Pela Internet

De ponta cabeça

- Moça, você tem certeza que está certo isso aí?
- Tenho sim.
Uma hora depois, meus óculos estavam prontos.

Em casa, após alguns testes, percebi que ele estava perfeito. Perfeito quando o vestia invertido.

Uma semana depois, após uma espera de 45 minutos ao som de Fullgaz. Sim, o DVD estava no ‘repeat’.
- Ao meu ver, estão invertidas - diz o oculista, sem deixar de escapar um sorriso sarcástico.

Na loja.
- Moça, acho que houve um engano. As lentes estão invertidas...
Saio da óptica feliz e satisfeito. De 'olhos novos'. Mas não sei o que acontece... Será que estou enxergando direito mesmo?

Todo mundo merece um amigo ‘frasista’

Eu tenho um!

E assim ele disse:
- Esse texto é seu????
- Seria
- Seria, não é mais. É do povo agora, é de quem o interpreta...
- Se não quebrarem a patente
- É o artista transfigurado e subconsciente coletivo
- Não me confunda...
- Sendo devorado por quem o lê, nessa auto-exposição metafisica pós-revolução digital
- Vou cancelar o blog
- Espinosa, disse, segundo Jorrrrrrge Rafaelllllllllll, o corpo és una prison psicologica...ha nosotros tenemos que combater con lo surgimiento de las máquinas digitales

Muito obrigado Felipe Tomazelli

Número 1


Eis a questão:

a-) Vencer 81 jogos seguidos no saibro;
b-) Acabar com a invencibilidade de Rafael Nadal.

20.5.07

"... O vento vai dizer..."


O vento diz. Um dia andava por uma rua escura, mas era um dia normal. Com exceção do vento. Ele me fazia sentir frio, ou talvez fosse medo da sua força, ou da minha fraqueza diante de tal potência e potencial. Uma vontade de fugir rápido de suas rajadas.

Este vento bateu em minha janela outro dia e me alertou. Era hora de acordar, dizia o barulho do vidro trêmulo da janela.

- A vida é curta para ver. Acorde! Ande! Vá! Seja! Resolva!

Outro dia... Bem, um outro vento - parecia até que estávamos em alguma outra estação - entrou aqui do lado esquerdo. Ali onde mora uma outra pessoa. A coisa foi feia. Foi coisa para um lado e bagunçou. E que bagunça. Ou, talvez, o vento tenha apenas trazido à tona aquilo que, se ficasse onde estava, ficasse, e ficasse, por muito tempo.

A partir daquele dia, tomei uma decisão: quero sentir aquele vento que dá coragem de andar como se ele não estivesse por perto. De peito aberto. Vou enfrentá-lo, mas sem deixar de ouvi-lo.

Sabe aquele vento do dia em as coisas saíram da ordem? Pois é. Ele é capaz ainda de voltar. Soprar forte. Um sopro de conforto para aquela pessoa do lado esquerdo. Um sopro de paz. Tão poderoso a ponto de poder secar o que escorreu por causa da maldita bagunça. Curioso este tal de vento, que vai, volta, gira, arrasta.

Que seja como o vento ventar.

- Você acredita neste clichê de tempestade e bonança?

- Não... ainda não. Vou esperar a tempestade e o que o próximo vento vai dizer!


(Inspirado em O Vento - Los Hermanos)