8.6.09

Nome aos bois

A sensação renovada, revigorada, revivida ganha um novo sentido. É como se a própria sensação carecesse de um nome mais adequado. Afinal é sensível a diferença das reações sentida em uma e outra ocasião. Por favor, isso não é nenhum desmerecimento quanto ao vivido anteriormente e até mesmo compartilhado. Mas alguém tem bola de cristal para sensações? E existiria esse questionamento se todo o resto não tivesse sido arduamente experimentado. É o enigma de viver as coisas como devem ser vividas. Vivendo-as, sentido-as. Os sabores, as cores, sons, cheiros e espiritualidades. Longe de mim propor uma escala de níveis ou graduações para sensações. Até porque a cada nova experiência toda a escala estaria sujeita a uma reformulação o que inevitavelmente geraria uma confusão danada. Então, talvez o melhor fosse dar nome aos bois, ou melhor, novos nomes aos sentimentos. Agrega-se assim o sobrenome da pessoa responsável pela descoberta de uma nova sensação, seja ela boa ou ruim. Por exemplo, amor-fulano, felicidade-ciclano, saudade-beltrano. Uma teoria nenhum um pouco universal, como nenhum sentimento deve ser...

13.2.09

Assim, assim...


Eu deixo coisas no ar, deixo coisas na mesa. Vou deixando para trás e para frente. Eu recorto fragmentos, bagunço e bagunço de novo. Eu leio de trás para frente de frente para trás e adiante. Separo e junto, corto e colo. Caleidoscópio de mosaico de palavras. O meu marrom pode ser verde e o roxo eu escolho dependendo do momento. Não tem pé, não tem cabeça, quiçá coração. Tem verso, (in)verso, (re)verso. É da boca para fora, mas de dentro para a boca. É de corpo, é de alma. Tem clichê de improviso, obviedades de surpresa. É preguiçoso e disposto. Sem compromisso, omisso e dissimulado. Não é para mim, nem para você. É ao Leo. É ao Léu.

?

Não tem explicação. Há momentos em que o desejo de escrever martela o meu cérebro. O curioso é que eu me desdobro para descobrir- sem sucesso - qual a idéia está por de trás. Na maioria das vezes acabo deixando passar, para não escrever “N” vezes o que preenche esse papel neste instante. Será que eu gostaria de dizer em palavras o que não consigo expressar de outras formas? Será a pura vontade de produzir? Podem ser as duas coisas. Mas no primeiro caso, também não consigo expressar pelas palavras. No segundo, bom este já está solucionado, sem juízo de resultado, claro. E nesse simples exercício de buscar o “entender” alguma coisa a princípio inexplicável, os pensamentos se confundem e ao menos o branco ganhou algumas letrinhas bestas com algum significado para mim.

19.1.09

O importante é compet-ir

Quem compete fere com pet será ferido
Quem compete recicla com pet será reciclado
Quem compete vende com pet shop será vendido
Quem compete trabalha com pet work será vestido
Quem compete está junto compete vai

Oumentir

Aconteceu
não virou manchete
nãomentiu
oumentiu
omitiu?
a verdade escondeu
É só peneirar
Platão avisou
Se nao quer machucar
boca de tolo fechou
o melhor é calar...