12.12.07

Agradecimento

Depois de consumada a saída da minha colega de trabalho logo comecei a brincar sobre a possível suplente. Disse que participaria das entrevistas de seleção, pediria CVs com fotos entre outras baboseiras masculinas, ou machistas.

Foram três anos de uma convivência sensacional em que a palavra colega já não se adequa mais, afinal conselheiro psicológico e parceiro para 'conversas de menina' merecem um rótulo melhor.

Tudo começou na despretensiosa ida a um tal Clube em Guarulhos. Bem localizados que somos, demoraramos quase três horas para nos 'acharmos'. Foi rídiculo, aliás tenho que tomar cuidado com esta palavra, né? Mas dali em diante, a dupla dinâmica se formou.

Na volta de Campos do Jordão em um carro ainda sem equipamento sonoro, rolou cantoria da boa. No trabalho, nos juntamos para produzir mais e melhor. Mas também formamos parceria mais eficiente em momentos improdutivos. Temos até show marcado.

Poucas pessoas me levariam a São Caetano do Sul para um casamento. E São Bernardo do Campo, então? Ainda mais quando o mapa vem com saídas e placas inexistentes. Ela Vai ouvir essa para sempre. E ainda me chama de loser...

Divertimos o público na avenida Eng. Luis Carlos Berrini quando dirigimos um carro com dois volantes. Valeu Negão!

Já podemos economizar palavras para saber o que o outro está pensando. Mas esta economia não é forte dela, definitivamente...

Dela, já escondi por muitos dias o fim de um namoro, só para não decepcioná-la...

Pensando bem...não quero mais participar de entrevistas e seleção porcaria nenhuma. Acho que fiquei exigente demais.

Obrigado Fabi!

11.12.07

Homem Virtual

Assim é o homem virtual.
Começa, termina, recomeça.
Deixa a vida passar pelas janelas.
Encara cara a cara a pequena imagem de exibição.
Oferece sua ausência, desmoraliza qualquer status.
Desconfigura os sentimentos.
Desconecta-se facilmente.
Troca logins e usuários como se nada houvesse.
Bloqueia e desbloqueia ao léu
congela os dedos ao menor sinal de "fulano está escrevendo uma mensagem".
Premedita a próximas palavras.
Dá diretas e indiretas para tudo e todos no local destinado aos apelidos.

Mas o homem virtual também sofre sozinho. Ou será que ele se conforta pensando que algum Deus está vendo tudo lá de cima. Desde teclados umidecidos, mãos trêmulas, passeios por corredores, quenturas.

Um pensamento desvirtuado como esse não poderia ser registrado em espaço melhor que um Blog.