13.2.09

Assim, assim...


Eu deixo coisas no ar, deixo coisas na mesa. Vou deixando para trás e para frente. Eu recorto fragmentos, bagunço e bagunço de novo. Eu leio de trás para frente de frente para trás e adiante. Separo e junto, corto e colo. Caleidoscópio de mosaico de palavras. O meu marrom pode ser verde e o roxo eu escolho dependendo do momento. Não tem pé, não tem cabeça, quiçá coração. Tem verso, (in)verso, (re)verso. É da boca para fora, mas de dentro para a boca. É de corpo, é de alma. Tem clichê de improviso, obviedades de surpresa. É preguiçoso e disposto. Sem compromisso, omisso e dissimulado. Não é para mim, nem para você. É ao Leo. É ao Léu.

?

Não tem explicação. Há momentos em que o desejo de escrever martela o meu cérebro. O curioso é que eu me desdobro para descobrir- sem sucesso - qual a idéia está por de trás. Na maioria das vezes acabo deixando passar, para não escrever “N” vezes o que preenche esse papel neste instante. Será que eu gostaria de dizer em palavras o que não consigo expressar de outras formas? Será a pura vontade de produzir? Podem ser as duas coisas. Mas no primeiro caso, também não consigo expressar pelas palavras. No segundo, bom este já está solucionado, sem juízo de resultado, claro. E nesse simples exercício de buscar o “entender” alguma coisa a princípio inexplicável, os pensamentos se confundem e ao menos o branco ganhou algumas letrinhas bestas com algum significado para mim.